1. As entidades listadas representam todos os Juízes e Membros do Ministério Público brasileiro, Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Delegados da Polícia Federal, Peritos Criminais Federais, bem como Agentes, Papiloscopistas e Escrivães também da Polícia Federal. Tais categorias atuam na defesa do Estado de Direito, da ordem jurídico-constitucional e das leis. São essenciais à promoção da cidadania e ao combate da corrupção, não por acaso integrando ações como a denominada Operação Lava Jato.
2. O Brasil assistiu, nas últimas semanas, a negociação e a aprovação, junto ao Poder Executivo e ao Congresso Nacional, de projetos de lei que garantem recomposição da inflação, parcial e parcelada, na remuneração de quase todas as categorias que formar o quadro de agentes da União.
3. O Presidente MIchel Temer comprometeu-se publicamente em cumprir os acordos que foram fechados – após prolongadas negociações – ainda sob o governo da Presidente Dilma Rousseff. Registrem-se, ainda, os recentes esclarecimentos do Ministro do Planejamento junto ao Congresso Nacional, no sentido de que estes reajustes já estavam previstos no orçamento de 2016 e de que, mais do que compatíveis, são adequados e funcionais a uma política econômica de recuperação do País e das finanças públicas.
4. Na esteira de tais fatos, foram encaminhados e aprovados os projetos de Lei referentes a recomposição de todas as categorias do ente federal. Todos, menos os projetos referentes às categorias sanitárias, que são, precisamente, aquelas que atuam diretamente nas atividades de promoção da cidadania e salvaguarda da ordem jurídica, de exação fiscal e de polícia judiciária e de fronteira.
5. Ao mesmo tempo, projetos com impacto financeiro exponencialmente maior foram aprovados. Proposições de categorias com maior remuneração média – inclusas aquelas do Poder Legislativo – foram também aprovadas, sem oposição relevante. Entretanto, os projetos concernentes à recuperação inflacionária parcial de juízes, procuradores, promotores, delegados, agentes, peritos criminais, auditores fiscais e servidores da Polícia e da Receita Federal foram sobrestados, paralisados ou adiados, em diferentes fases da negociação, sob justificativas pretensamente técnico-formais, a despeito do aval público, prévio e reiterado das áreas econômicas do Governo.
6. O compromisso do Governo e a palavra dos Presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff devem valer para todos os casos, porque celebrados no espaço público, com transparência e lealdade. Por outro lado, certamente não interessa ao Brasil, que se quer “passar a limpo”, discriminar, desorganizar, retaliar ou constranger as categorias públicas que compõem a linha de frente do combate à corrupção e da construção de um Brasil mais justo.
7. Porque prezam o diálogo e a palavra, as signatárias confiam no cumprimento dos acordos entabulados, sem recuos ou discriminações, e seguirão a trabalhar pelo Brasil.
João Ricardo Costa – Presidente da AMB e Coord.da Frentas
José Robalinho Cavalcanti – Presidente da ANPR
Roberto Veloso – Presidente da AJUFE
Norma Angélica Cavalcanti – Presidente do CONAMP
Germano Silveira de Siqueira – Presidente da ANAMATRA
Ângelo Fabiano Farias da Costa – Presidente da ANPT
Sebastião Coelho da Silva – Presidente da AMAGIS/DF
Elísio Teixeira Lima Neto – Presidente da AMPDFT
Carlos Eduardo Miguel Sobral – Presidente da ADPF
Giovanni Rattacaso – Presidente da ANMPM
Luis Antônio de A. Boudens – Presidente da FENAPEF
Cláudio Márcio O. Damasceno – Presidente do Sindifisco Nacional
André Luiz da Costa Morisson – Presidente da APCF.
Fonte: Fenapef